quinta-feira, 31 de março de 2011

Graforréia Xilarmônica

Sábado passado (dia 26) eles tocaram no SESC Belenzinho. Graforréia é uma banda da qual ouvi falar há muito tempo, na época que descobri um monte de bandas escondidas brasileiras, dentre elas o Blemish que eu tanto venero e uma outra banda que não lembro o nome mas tinha uma música chamada "Beto" que começava com a progressão T7+ V e "amanhã Beto se vai", quando o falecido MP3.com (que na verdade ainda existe) era um ponto de divulgação indie (lembrando que indie era aquela época, gente). Ou foi na época que o Bidê ou Balde (que venhamos e convenhamos era ridículo, né? Hoje em dia tá aceitável mas virou underground) ficou famoso ao traduzir Buddy Holly do Weezer e aí passou-se a dar atenção aos indies gaúchos que existem há milênios, não lembro bem. Enfim, coisa por volta do ano 2001.

Enfim, o causo é que na época não cheguei a conhecer a banda direito. Outro dia, vi que uma banda linkava eles no MySpace e ouvi algumas músicas, mas não me impressionou muito. E esse mês, procurando showzinhos no SampaOnline (recomendo bastante esse site), vi que eles se apresentariam no SESC, que sempre tem shows a preços acessíveis. Descobri, lendo a resenha do show, que duas músicas que eu sabia de cor do Pato Fu, na verdade, são deles: "Eu" e "Nunca diga"; "Eu" eu sabia que não era deles, mas na minha cabeça era dos Mutantes.

Resolvi conferir o show mais por a banda ser tão antológica do que por ter gostado do pouco que ouvi, sendo que no mesmo dia teve show do Mombojó pelo mesmo preço em outro SESC, e este me parecia mais divertido mas vai ter de graça de novo na Virada, que aliás esse ano tá muito doida. Então aí vão minhas impressões do concerto (tá, já pus no Facebook mas resolvi me alongar um pouco mais aqui).

1) Os caras tocam demais. Disseram que não ensaiaram, erraram o início de algumas músicas (e pararam e recomeçaram, são bem perfeccionistas), mas estavam super empolgados, apesar do público escasso. A idade, no entanto, só deixou eles aguentarem cerca de 1h15min de show.

2) Frank Jorge destrói no baixo e ainda toca e canta na maior parte das músicas. A barba deixou ele menos esquisito (o bicho era feio, coitado).

3) O guitarra (Carlo Pianta) é ultra simpático, simples (toca com uma Fender ligada direto num amp Fender, enquanto que o Frank tem um PA gigante, fora que era ele quem interrompia os outros quando alguém errava -- aliás, acho que era ele quem errava sempre, haha), e faz uns solos muito iguais ao que eu fazia em "Pleiotropia".

4) Tinha pouquíssima gente, provavelmente porque eles iam tocar novamente no Beco, no dia seguinte, numa festa com preço similar e outros DJs, etc e tal, fora que num lugar de bem mais fácil acesso. Mas quase todo mundo parecia conhecer todas as músicas.

5) Destaque para a história do cocô, vivida pelo baterista Alexandre Birck.

Infelizmente esqueci a câmera, então sem registros audiovisuais. =/

Aliás, é um costume gaúcho os baixistas cantarem, né? Graforréia, Nenhum de Nós, Engenheiros...

domingo, 27 de março de 2011

"Did you ever read the Sunday comics? The comic page? Well, when I was a little kid, I used to put my face right up to them, you know? And I was just amazed because it was just this mass of dots. I think life looks like that sometimes. But I like to think that, from God's perspective, life, everything - even this - makes sense. It's not just dots. Instead we're all connected, and it's beautiful, and it's funny, and it's good. From this close we can't expect it to make sense, right now."