sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Preferidos?

Tou percebendo que, em relação às minhas bandas preferidas (Blur, Wilco, Radiohead), o disco que eu julgava ser meu segundo preferido na verdade é o que mais gosto.

"Summerteeth" e "The Bends" já são certeza, no lugar do YHF e do "Ok Computer". "Leisure" no lugar do "Blur" ainda preciso ver direito. Mas o "Blur" já tinha tomado o lugar do "Modern Life Is Rubbish", que na verdade foi o que eu menos ouvi até hoje.
É uma merda quando seus sonhos começam a parecer bobagem.

"Don't hide who you are
Why dim your own star?

Your eye can see far
Why dim your own star?

Decide where you are
Why dim your own star?

Your light can shine far
Why dim your own star?"

(Raymond McGinley, "Don't Hide")

domingo, 21 de novembro de 2010

"Take this airline plane
It'll take you home again
To your home beyond the skies..."

Woody Guthrie, "Airline to Heaven"

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Shadows


Finalmente consegui escutar com mais calma. Com certeza não é dos melhores do grupo, mas tem músicas memoráveis. As melhores são as do Love, que, por sinal, parece que não envelhece: "Sometimes I Don't Need to Believe in Anything", "Into the City" e, principalmente, "Sweet Days Waiting", com certeza a melhor do disco; em segundo lugar fica a primeira faixa. Dele, só "Shock and Awe" é razoável.

E então McGinley conseguiu superar Blake, que antes disputava o posto de compositor principal com Love, na qualidade de suas músicas. Pra mim as letras do McGinley são as mais profundas do grupo, e com as quais eu mais me identifico: "I Don't Care" (Song From Northern Britain), "I Can't Find My Way Home" e "My Uptight Life" (Howdy!) e "Don't Hide" (Man-Made). (Incluiria, talvez, "Guiding Star" (Bandwagonesque), do Love.) Talvez porque, como eu, ele seja muito técnico. Sim, ele também tem um quê de religioso; vide "I Gotta Know", do Grand Prix. E embora a partir do Howdy! suas composições já se equiparem às dos outros, ele sempre ficou meio que em segundo plano. Em Shadows, a única dele que não me agrada é "Live With the Seasons". "Today Never Ends" é muito boa.

Já quanto às do Blake, só dá pra engolir "The Back of My Mind", e olhe lá. Algo parecido com o que aconteceu com o Marcelo Camelo?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Borramento nostálgico

Terça-feira passada deixei o computador no laboratório, então pude passar um tempo olhando pro teto. Boa parte foi ouvindo o disco homônimo do Blur. Então me veio uma nostalgia que me fez lembrar de coisas que aconteceram em 2002. Pequenas coisas que fizeram daquele um ano muito bom.

Voltei a morar na minha casa de verdade; por pouco tempo, diga-se de passagem. Lembro de dormir com o colchão no chão ao som do Parklife do Blur; especificamente, a música "Trouble on the Message Centre" me lembra demais desse momento. A banda voltou a produzir, embora com menos shows. Dessa época vieram algumas excelentes músicas, tentamos acampar pra gravar, fizemos o show mais histórico de todos (e conseguimos gravá-lo!). Fiz alguns bons amigos. Conheci outras bandas maravilhosas além do Blur. Lembro do ano novo com o grande Eder, ao som de They Might Be Giants.

Desde outubro voltei a me sentir meio como em 2002. Massa.
Hoje foi um dia legal. Sol, Teenage Fanclub, caminhada na USP, árvores e folhas, fim de tarde.

É, às vezes você é a melhor companhia pra si mesmo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O emparelhamento de Amarante

Se é seguir uma fórmula que deu certo ou se é coincidência, o caso é que Amarante se mostra o McCartney dos Hermanos nos discos "Ventura" e "4" com uma relação de equivalência muito forte entre suas músicas, que abaixo descrevo.

- "Último Romance" e "O Vento" - a mais pop do disco, romântica e cheia de frases de efeito. Mas madura. É, na primeira o cara já tinha quase 27.

- "Do Sétimo Andar" e "Os Pássaros" - tema macabro e instrumental genial. Na primeira, uma mulher foge do marido psicopata que a acusa de louca. Na última, um recém-viúvo é assombrado por sua esposa penada.

- "O Velho e o Moço" e "Primeiro Andar" - aqui se mostra mais fortemente a vertente filosófica de Amarante. Ambas falam sobre uma postura parecida diante da vida, e me marcaram fortemente em momentos parecidos (2003 e 2010).

- "Deixa o Verão" e "Paquetá" - um pouco mais fútil ou carnal, instrumental que lembra as coisas do Bloco (como "Cher Antoine" e "Retrato pra Iaiá", respectivamente).

- "Um Par" e "Condicional" - a mais rock'n roll do disco. Nesse caso a temática não é mais tão parecida: um pai que estranha a conduta de seu filho versus um relacionamento que vai contra as expectativas do cara. Mas é a aresta que faltava, né? Se bem que... no fundo as duas falam de expectativas não correspondidas, não?

Pra quem não sabe o que é emparelhamento. Inclusive tem uma questão na minha vida que explico com um resultado algorítmico sobre. E é uma das coisas que estudo na minha dissertação.

The Last Lecture

Em 2008 o professor Randy Pausch deu sua última aula pra um auditório com 500 pessoas, após descobrir que o câncer que enfrentava era terminal. Isso saiu em notícia, e tem um email de mim pra mim mesmo de 13/09/2008 com o link pra o vídeo (eu e minha mania de adiar as coisas mas não me livrar delas).

Então hoje eu estava jogando typeracer e aparece um trecho do livro baseado na aula/palestra (que pode ser vista aqui), e finalmente vi; é uma grande lição pra vida.

Era como tinha que ser. Pouco atrás eu não conseguiria absorver da mesma forma. O mês de outubro não poderia terminar melhor; nunca aprendi tanto em um mês.

E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei...
(Rodrigo Amarante - Último Romance)