terça-feira, 27 de julho de 2010

Deixa o copo encher até a borda
Que eu quero um dia de sol num copo d'água


(Renato Russo - A Montanha Mágica)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Menos uma coisa nova que deu certo. Por enquanto. Mas talvez seja melhor assim, depois vai dar pra aproveitar melhor, de forma mais suave. Melhor que começar e depois ter que largar, tipo o coral.

Mas a ansiedade por mudanças é grande, e tá difícil se concentrar nas coisas grandes e importantes, dada a quantidade de coisas pequenas. Espero que temporariamente.

domingo, 25 de julho de 2010

Altas Aventuras

Cabei de ver o filme. Muito legal em todos os aspectos: roteiro, qualidade da modelagem 3D, música (aliás, em música a Disney tem tradição), tudo o mais. Destaque para a bossa nova na hora que Kevin aparece, dublagem de Chico Anísio e créditos com imagens temáticas. A Pixar realmente capricha.

Esse filme me fez lembrar de que uma tia comentou que nunca mais viu um filme realmente bom (olha que ela é cinéfila). Eu acho exagero, mas parando pra pensar, um outro filme que me surpreendeu recentemente foi WALL-E, outro filme infantil (?) da Pixar. Os temas são simples, com lições de moral nas entrelinhas (materialismo em Up e ecologia em WALL-E), mas no fundo talvez seja o que nossa sociedade pós-moderna tá precisando mesmo...

Uma Outra Estação


O melhor disco do grupo, e o único que eu não conhecia direito. As letras não são tão deprê como as do "Tempestade", mas mais sérias, indo do dark ao apaixonadamente leve (nessa ordem), e fico com a impressão de que mais maduras. Diferente desse outro, aqui a voz do Renato tá afinada, algumas músicas têm uns graves muito, digamos, graves, e você sente o cara cantando com tudo de si. Como músicos, estão na sua melhor forma. Convence qualquer indie de merda de que Legião Urbana é bom (aliás, li uma vez que o Dado curte pra caramba Radiohead).

A melhor, mais pop e mais trabalhada é, sem dúvida, "Antes das Seis". Letra leve e ao mesmo tempo deseperada, e o vocal do Renato transparece o mesmo. Cada nota parece ter sido pensada, tudo se encaixa perfeitamente. Pena que dura só 3:10, daria pra fazer mais um minuto com certeza. Pelo fade out fico com a impressão de que tenha sido cortada pra tocar no rádio.

"Clarisse" é a mais profunda, e eu diria que a melhor se eu não tendesse tanto a coisas pop e alegres. Épica (10:33), lenta e dura de escutar. Ninguém melhor que o Renato pra falar sobre depressão. "Dado viciado" é instrumentalmente mais leve, mas igualmente dura; chega a me dar frio na barriga quando ele fala de seringas, pus, etc.

"Comédia romântica" induz qualquer pessoa a palpitar que alguém do trio descobriu Wilco ou Uncle Tupelo (dava tempo pro Renato ter ouvido o "A.M."). "Marcianos invadem a terra", "Mariane" e "Travessia do Eixão" completam o tom folk do disco, essa última com todo mundo cantando em coro. "Marcianos invadem a terra" caberia perfeitamente no "Dois", e o inesperado acorde na mediante dá um tom que lembra "Teatro dos vampiros" ou "Tempo perdido". Já "Mariane" é em inglês e lembra o trabalho do Renato no "Stonewall Celebration Concert".

"Uma outra estação", "As flores do mal", "La maison dieu" e "A tempestade" dão o tom dark e grave que falei. Dessas prefiro "A tempestade", e "La maison dieu" lembra "A montanha mágica". "Riding Song" lembra os tempos de "Que País é Este", e apresenta o grupo com Renato Rocha no bolo. "Schubert Landler" é uma sonatinha de Schubert. "Sagrado Coração" não era pra ser instrumental, não deu tempo de gravar a voz mesmo. "High noon (do not forsake me)" fico na dúvida se foi isso também ou se é intencional, embora seja uma coisa meio orquestral e tals.

Engraçada é a história de porque eu não conhecia esse disco. Num determinado Natal, pedi à minha mãe de presente, e pra ela não se atrapalhar caso esquecesse o nome, disse que era o último disco do Legião. Só que o Acústico MTV estava recém-lançado, e foi o que o cara da loja empurrou pra ela. Mas acho que foi melhor assim; com 12 anos de idade eu não teria maturidade pra digeri-lo e apreciá-lo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nostalgia

Tou lembrando de cada disco de uns tempos pra cá... Em Feira achei o "Paz e Amor" do Nenhum de Nós na casa de minha irmã; ontem vi que na novela das 7 tem um cover de uma música. Hoje lembrei de Penélope, aquela banda baiana. E ontem fui ouvir o álbum verde do Weezer, e lembrei de uma música que a John and Mary ensaiou uma época, "Smile".

Nostalgia total. Muito bom sentir isso. Agora que consegui fazer o Banco do Brasil funcionar no Linux, acho que vou desinstalar de vez o Windows; música requer espaço no HD.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Nova rotina, novas músicas no MP3, nova dieta, novo blog. Tentando aproveitar a disposição de início de semestre. Talvez em breve novo instrumento (só o software). Outras coisas novas seriam boas, vamo ver o que dá. Alguém me dá uma injeção de otimismo?

Rocky Raccoon

Ainda sobre a coisa dos compositores, acho que pra bons compositores músicos razoáveis a bons são suficientes. Vide Beatles e Legião Urbana. Tenho a impressão de que o virtuoso Nels Cline tirou algo do Wilco, por exemplo. Até Graham Coxon se corrompeu um pouco com sua habilidade em "Happiness in Magazines", fazer o quê.

Esses dias descobri uma música dos Beatles, "Rocky Raccoon", do álbum branco. Impressionante como Paul consegue fazer uma música triste e satírica ao mesmo tempo. E isso transparece não só na letra, mas no instrumental: violão e gaita triste contrastam o piano de saloon de faroeste.

Aliás, gaita dá um tom triste em quase tudo. Por exemplo, "She's a Jar" do Wilco é uma música de bêbado quase psicopata, mas a gaita do final dá uma beleza absurda.

Pra situar, meus vícios recentes foram o disco "The Spinning Top" de Graham Coxon, Wilco por muito tempo e a música "Primeiro Andar" dos Hermanos. Mais coisas como Gabe Dixon Band e Kings Of Convenience por algum tempo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Passatempo e futilidade exponencial

Ontem fui comer um pacote de Passatempo, o melhor biscoito recheado que existe. E me surpreendi ao me deparar com, ao invés de imagens de animais de toda a espécie, imagens de um macaco com cara de malandro nas mais variadas expressões faciais. Dando "legal", com cara de apaixonado, com cara de que fez algo errado (com um "opa!" do lado), et cetera.

Quando era criança eu gostava de ficar olhando os bichinhos, ou então quando dividia o pacote com alguém surgia a brincadeira do "olha, eu peguei um elefante", "eu um tamanduá" e por aí vai. Será que as crianças de hoje brincam de "olha, meu macaco tá apaixonado", "o meu fez caquinha"? Seria a corrupção de mais uma mídia em prol da futilidade das nossas crianças?

Ontem eu também vi o vídeo do PC Siqueira em que ele fala que não aguenta mais ouvir as pessoas reclamando de Restart e Justin Bieber, e que antigamente era a mesma coisa que ouvir as pessoas falando mal de Backstreet Boys ou Hanson. Verdade, aquelas eram as coisas fúteis da nossa época de adolescente (e era engraçado como as meninas adoravam aquilo), mas façamos uma comparação. Backstreet Boys é música comparado com Justin Bieber. Outro dia achei no YouTube Hanson fazendo cover de Radiohead (pasmem!). É, as coisas tão ficando cada vez piores, nossa juventude cada vez mais burra e fútil (tem um outro vídeo do PC Siqueira sobre isso, com uma teoria interessante - 4:36 em diante).

E de uns tempos pra cá todo mundo reclama que não existem mais bandas boas de verdade, o que é verdade. Principalmente no Brasil. Tinha Los Hermanos, mas eles deram um tempo e o último disco foi razoável, apesar de ter músicas muito boas. Pato Fu também parece que tá meio parado. Então chego à conclusão de que o problema é que não temos mais bons compositores, embora tenhamos bons músicos e cantores por aí. E por bons músicos e cantores não digo apenas pessoas que tocam/cantam bem (se você prestar atenção, as músicas de axé são tocadas por músicos formados, têm vocais a 3 ou 4 vozes e arranjos de metais), mas pessoas que também têm bom gosto.

E porque não temos mais bons compositores? Porque o nível de música que se escuta é cada vez mais decadente. Eu, e a maioria das pessoas com gosto parecido, ouvem Beatles e Los Hermanos, por exemplo. Já os caras dos Hermanos escutam Chico Buarque e Noel Rosa, e outro dia li que John Lennon era fissurado em Beethoven. Eu gosto muito de Beethoven, mas ouço pouco; Chico Buarque e Noel Rosa quase não conheço, e provavelmente não escutaria com a frequência que escuto Wilco, por exemplo. O resultado é ficarmos cada vez mais fúteis, mesmo sem querer.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Some folks got a light around them that shine for other peoples. I think maybe some of them was in tunnels, and in that tunnel, maybe the only light they had was inside of them. And then, even long after they escaped that tunnel, they still be shining for everybody else.

Do filme "Preciosa", com erros sintáticos mantidos.

Intro

Ressuscitando. Na verdade era pra ser o "An Autumn Blue Afternoon", mas esse não consegui um bom link e o nome não condiz mais com meu estado de espírito. A ideia, no entanto, é mais parecida com o Autumn mesmo: jogar coisas que chegam a mim.

Nota: aqui eu me permito ser brega, emo e o que mais der na telha. E dessa vez vou colocar as referências, ao invés de só pôr em itálico o que não for meu.

Chá de abu pra todos, pra vos curar da tosse e do chulé.