domingo, 12 de dezembro de 2010

Ontem fui num lugar que tocou nada menos que: Beetlebum (Blur), Buddy Holly (Weezer), Heavy Metal Drummer (Wilco), Spit On A Stranger (Pavement) e um cover de Just (Radiohead).

Nossa, fiquei muito louco, paguei muito mico.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ser romântico é foda.

Saudades de Eder, Rafael e Fred. Da Diana também. Amigos de verdade.

Meu relógio biológico cada dia mais louco.

Hoje tive um sonho muito comprido, que me deixou confuso e com muita raiva.

E logo essa semana estou sem meu MP3 player, perdi sábado passado.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Preferidos?

Tou percebendo que, em relação às minhas bandas preferidas (Blur, Wilco, Radiohead), o disco que eu julgava ser meu segundo preferido na verdade é o que mais gosto.

"Summerteeth" e "The Bends" já são certeza, no lugar do YHF e do "Ok Computer". "Leisure" no lugar do "Blur" ainda preciso ver direito. Mas o "Blur" já tinha tomado o lugar do "Modern Life Is Rubbish", que na verdade foi o que eu menos ouvi até hoje.
É uma merda quando seus sonhos começam a parecer bobagem.

"Don't hide who you are
Why dim your own star?

Your eye can see far
Why dim your own star?

Decide where you are
Why dim your own star?

Your light can shine far
Why dim your own star?"

(Raymond McGinley, "Don't Hide")

domingo, 21 de novembro de 2010

"Take this airline plane
It'll take you home again
To your home beyond the skies..."

Woody Guthrie, "Airline to Heaven"

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Shadows


Finalmente consegui escutar com mais calma. Com certeza não é dos melhores do grupo, mas tem músicas memoráveis. As melhores são as do Love, que, por sinal, parece que não envelhece: "Sometimes I Don't Need to Believe in Anything", "Into the City" e, principalmente, "Sweet Days Waiting", com certeza a melhor do disco; em segundo lugar fica a primeira faixa. Dele, só "Shock and Awe" é razoável.

E então McGinley conseguiu superar Blake, que antes disputava o posto de compositor principal com Love, na qualidade de suas músicas. Pra mim as letras do McGinley são as mais profundas do grupo, e com as quais eu mais me identifico: "I Don't Care" (Song From Northern Britain), "I Can't Find My Way Home" e "My Uptight Life" (Howdy!) e "Don't Hide" (Man-Made). (Incluiria, talvez, "Guiding Star" (Bandwagonesque), do Love.) Talvez porque, como eu, ele seja muito técnico. Sim, ele também tem um quê de religioso; vide "I Gotta Know", do Grand Prix. E embora a partir do Howdy! suas composições já se equiparem às dos outros, ele sempre ficou meio que em segundo plano. Em Shadows, a única dele que não me agrada é "Live With the Seasons". "Today Never Ends" é muito boa.

Já quanto às do Blake, só dá pra engolir "The Back of My Mind", e olhe lá. Algo parecido com o que aconteceu com o Marcelo Camelo?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Borramento nostálgico

Terça-feira passada deixei o computador no laboratório, então pude passar um tempo olhando pro teto. Boa parte foi ouvindo o disco homônimo do Blur. Então me veio uma nostalgia que me fez lembrar de coisas que aconteceram em 2002. Pequenas coisas que fizeram daquele um ano muito bom.

Voltei a morar na minha casa de verdade; por pouco tempo, diga-se de passagem. Lembro de dormir com o colchão no chão ao som do Parklife do Blur; especificamente, a música "Trouble on the Message Centre" me lembra demais desse momento. A banda voltou a produzir, embora com menos shows. Dessa época vieram algumas excelentes músicas, tentamos acampar pra gravar, fizemos o show mais histórico de todos (e conseguimos gravá-lo!). Fiz alguns bons amigos. Conheci outras bandas maravilhosas além do Blur. Lembro do ano novo com o grande Eder, ao som de They Might Be Giants.

Desde outubro voltei a me sentir meio como em 2002. Massa.
Hoje foi um dia legal. Sol, Teenage Fanclub, caminhada na USP, árvores e folhas, fim de tarde.

É, às vezes você é a melhor companhia pra si mesmo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O emparelhamento de Amarante

Se é seguir uma fórmula que deu certo ou se é coincidência, o caso é que Amarante se mostra o McCartney dos Hermanos nos discos "Ventura" e "4" com uma relação de equivalência muito forte entre suas músicas, que abaixo descrevo.

- "Último Romance" e "O Vento" - a mais pop do disco, romântica e cheia de frases de efeito. Mas madura. É, na primeira o cara já tinha quase 27.

- "Do Sétimo Andar" e "Os Pássaros" - tema macabro e instrumental genial. Na primeira, uma mulher foge do marido psicopata que a acusa de louca. Na última, um recém-viúvo é assombrado por sua esposa penada.

- "O Velho e o Moço" e "Primeiro Andar" - aqui se mostra mais fortemente a vertente filosófica de Amarante. Ambas falam sobre uma postura parecida diante da vida, e me marcaram fortemente em momentos parecidos (2003 e 2010).

- "Deixa o Verão" e "Paquetá" - um pouco mais fútil ou carnal, instrumental que lembra as coisas do Bloco (como "Cher Antoine" e "Retrato pra Iaiá", respectivamente).

- "Um Par" e "Condicional" - a mais rock'n roll do disco. Nesse caso a temática não é mais tão parecida: um pai que estranha a conduta de seu filho versus um relacionamento que vai contra as expectativas do cara. Mas é a aresta que faltava, né? Se bem que... no fundo as duas falam de expectativas não correspondidas, não?

Pra quem não sabe o que é emparelhamento. Inclusive tem uma questão na minha vida que explico com um resultado algorítmico sobre. E é uma das coisas que estudo na minha dissertação.

The Last Lecture

Em 2008 o professor Randy Pausch deu sua última aula pra um auditório com 500 pessoas, após descobrir que o câncer que enfrentava era terminal. Isso saiu em notícia, e tem um email de mim pra mim mesmo de 13/09/2008 com o link pra o vídeo (eu e minha mania de adiar as coisas mas não me livrar delas).

Então hoje eu estava jogando typeracer e aparece um trecho do livro baseado na aula/palestra (que pode ser vista aqui), e finalmente vi; é uma grande lição pra vida.

Era como tinha que ser. Pouco atrás eu não conseguiria absorver da mesma forma. O mês de outubro não poderia terminar melhor; nunca aprendi tanto em um mês.

E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei...
(Rodrigo Amarante - Último Romance)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Einstein explica solidão?

Tava lendo esse conto aqui. E então pensei que é uma metáfora muito interessante.

Algum dia, há bilhões de anos, tudo era uma coisa só. Pretos, brancos, amarelos, cor-de-rosa, ricos, pobres, homens, mulheres, hermafroditas, velhos, jovens, e todo tipo de classificação simplista. E então alguma força faz o universo se expandir. E, por conseguinte, o que nele está contido se afastar.

Engraçado que nem combina com meu humor neste instante. É, talvez alguma força dentro das pessoas lute contra isso. Tem gente que chama de amor. E tem gente que tenta classificar.

Talvez a gente seja mais que hardware mesmo. E tinha um colega, que depois virou professor, que dizia "graças ao Caos" ou "Caos me livre", coisa assim. Mas não dá pra negar que Algo faz as coisas irem contra as probabilidades. Tudo no seu tempo.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quero ouvir uma canção de amor
que fale da minha situação
de quem deixou a segurança do seu mundo por amor

(Legião Urbana - O Mundo Anda Tão Complicado)


Talvez é o que as pessoas tenham medo de fazer.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dinosaur Jr.

Fui ontem. Muito massa, os caras tocam muito.

O guitarra tá mó gordo e não tem presença de palco, mas a cabeleira grisalha é muito estilosa. O baixista compensa um pouco na animação, mas por algum motivo toda hora mexia no som, e trocou de baixo duas vezes. Os microfones tavam meio zuados também.

Tenho a impressão de que as cadências das músicas são todas parecidas, geralmente com uma ênfase na mediante e na dominante.

Vacilei em não colocar as músicas deles no MP3, tocaram um monte que eu não conhecia.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dias estranhos

É quando você não consegue se concentrar num concerto. Ou quando o timbre dos instrumentos não dá mais tanto arrepio. Acho que vou ouvir mais Mozart. É o que tou precisando.

É quando você não consegue apreciar uma chuva. Ou quando você sente falta de apreciar uma chuva.

É quando você inverte prioridades. E quando prioridades precisam ser invertidas.

É quando simplesmente não sobra tempo pra ouvir música. Ou quando música passa a ser tão importante que você queria passar mais tempo ouvindo. Ou quando músicas como "Let Down" do Radiohead (esse outro é melhor, mas tá ruim no final) deixam de fazer sentido. E nem posso deixar que façam. Embora no fundo não condigam com o momento mesmo.

(Outro dia tava pensando em como seria bom estar na pele do Lúcio Ribeiro. O cara ganha pra assistir os shows das bandas que ele mais gosta. Se bem que ele gosta de tanta porcaria que às vezes eu duvido que ele seja totalmente sincero/imparcial - será que essas coisas são compatíveis? Ou vai ver ele gosta mesmo. Mas definitivamente eu sou muito anti-social pra ser o Lúcio Ribeiro.)

É quando você não consegue conversar sobre. Nem deve, tem que digerir mesmo. No máximo o shrink. E é tanto que nem dá pra conversar. Ou se conversar estraga.

Dias estranhos precedem grandes mudanças. E dessa vez parecem ser mais sérias. Não quero simplesmente tomar a decisão mais fácil.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tempo a gente tem quanto a gente dá
Corre o que correr, custa o que custar
Tempo a gente dá quanto a gente tem
Custa o que correr, corre o que custar

(Rodrigo Amarante - Evaporar)


Vícios: Alien Lanes (Guided by Voices), embora agora não tanto, e muito Blur. Principalmente depois que vi o documentário novo. Agora também tou começando a utilizar playlists aleatórias.
Dias difíceis, mas felizes. Gripado, relógio biológico maluco (olha o horário do post), difícil achar outro lugar pra morar. Dúvidas e incertezas na cabeça. Como o algoritmo que a gente roda é online, tem que ser ruim por um fator pelo menos logarítmico mesmo, fazer o quê.

Fiquei muito tempo sem um número razoável de bons amigos. Ter isso de volta faz uma diferença absurda.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sensação de que não consigo dar atenção às pessoas. Muita coisa na cabeça e workaholic. Acho que necessário no momento. Será? Lembrei de quando fiz a prova do CEFET.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

[...] da qual lamentável história se pode concluir [...] o fim que têm os que à rédea solta correm pela senda que o desvairado amor diante dos olhos lhes põe.

[...] a mim só faltou o que a todos os desditosos sobra, para os quais costuma ser consolo a impossibilidade de tê-lo, mas em mim é causa de maiores sentimentos e males, até porque penso que não se hão de acabar com a morte.

Miguel de Cervantes, em "O engenhoso fidalgo D. Quixote da Macha", caps. XIII e XXVII.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pinkerton


Que é o melhor disco do Weezer, é mais do que consenso. O que eu nunca tinha ouvido falar é o seguinte detalhe sobre o conceito do álbum. É mais que relatar os dilemas amorosos de um JOvem Nerd, aqui abreviado para 'Jon' (embora as letras sejam tão pessoais que poderíamos chamá-lo de 'Rivers'; ou mesmo 'Pinkerton', que descobri ser personagem de "Madame Butterfly"). É relatá-los em ordem evolutiva. Mais ou menos como dizem de "The Spinning Top" do Coxon. Faz um tempinho que percebi, mas só hoje tive cabeça pra escrever, aí vai.

1. "Tired of Sex" - cansado da vida de "fast foda" (como diz um amigo meu) da juventude moderna, com descanso apenas aos domingos, Jon se revolta e pergunta "why can't I be making love come true?".

2. "Getchoo" - Jon paga pelos pecados cometidos em [1], se envolvendo com uma garota que não quer nada sério.

3. "No Other One" - Jon se envolve num relacionamento unilateral (com uma garota metaleira do mal -- rimou!). No entanto, "she's all I've got and I don't wanna be alone". Melhor que em [2], mas como bom nerd, Jon quer um amor de verdade, então...

4. "Why Bother?" - numa festa, uma garota está dando bola pra ele. No entanto, macaco velho que é, Jon prefere ficar sozinho a se envolver com outra piriguete e se machucar.

5. "Across the Sea" (a melhor do disco segundo os fãs, leia a história aqui) - sozinho e deprimido, Jon (que até agora ninguém sabia, mas tem uma banda) recebe uma carta carinhosa de uma fã do Japão e se apaixona. Platonicamente, fazer o quê.

6. "The Good Life" - agora é o contrário, Jon se cansa da vida de cara sério e resolve voltar à "boa vida" de "shakin' booty, makin' sweet love all the night".

7. "El Scorcho" - Jon conhece então a garota perfeita: japonesa, toca violoncelo e ouve Puccini. Mas simplesmente não tem coragem de falar com ela.

8. "Pink Triangle" - parecida com a anterior. O problema agora é que a garota é lésbica.

9. "Falling for You" - finalmente o amor de Jon é correspondido. Mas ele fica perdido, inseguro e temeroso, afinal está apaixonado.

10. "Butterfly" - agora é possível notar que Jon realmente ama alguém (aqui representada pela borboleta). Agora ele fica realmente triste e se arrepende quando a machuca.

Acabei de ler na Wikipedia que o Cuomo disse que "the 10 songs are sequenced in the order in which I wrote them (with two minor exceptions). So as a whole, the album kind of tells the story of my struggle with my inner Pinkerton". Droga.

E agora entendo porque Cajah gosta tanto de Madame Butterfly, deu até vontade de ver.

Current addictions

Dos últimos 15 dias ou 3 semanas.

Pinkerton (Weezer), Bloco do Eu Sozinho (Los Hermanos), Japandroids, Dinosaur Jr. (ainda não tanto), Man-Made (Teenage Fanclub), Abbey Road e Let It Be (Beatles), Transmissor, os dois últimos do Wilco (princ. o "Wilco") e Central do Brasil (a trilha). Esse último foi esse fim de semana; além do tema central, tem "Toada e Desafio" com suas variações e "Conversa", que são deliciosas, e coisas bem sertão de origens árabes (tom enfatizado pela rabeca do Siba do Mestre Ambrósio).

terça-feira, 27 de julho de 2010

Deixa o copo encher até a borda
Que eu quero um dia de sol num copo d'água


(Renato Russo - A Montanha Mágica)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Menos uma coisa nova que deu certo. Por enquanto. Mas talvez seja melhor assim, depois vai dar pra aproveitar melhor, de forma mais suave. Melhor que começar e depois ter que largar, tipo o coral.

Mas a ansiedade por mudanças é grande, e tá difícil se concentrar nas coisas grandes e importantes, dada a quantidade de coisas pequenas. Espero que temporariamente.

domingo, 25 de julho de 2010

Altas Aventuras

Cabei de ver o filme. Muito legal em todos os aspectos: roteiro, qualidade da modelagem 3D, música (aliás, em música a Disney tem tradição), tudo o mais. Destaque para a bossa nova na hora que Kevin aparece, dublagem de Chico Anísio e créditos com imagens temáticas. A Pixar realmente capricha.

Esse filme me fez lembrar de que uma tia comentou que nunca mais viu um filme realmente bom (olha que ela é cinéfila). Eu acho exagero, mas parando pra pensar, um outro filme que me surpreendeu recentemente foi WALL-E, outro filme infantil (?) da Pixar. Os temas são simples, com lições de moral nas entrelinhas (materialismo em Up e ecologia em WALL-E), mas no fundo talvez seja o que nossa sociedade pós-moderna tá precisando mesmo...

Uma Outra Estação


O melhor disco do grupo, e o único que eu não conhecia direito. As letras não são tão deprê como as do "Tempestade", mas mais sérias, indo do dark ao apaixonadamente leve (nessa ordem), e fico com a impressão de que mais maduras. Diferente desse outro, aqui a voz do Renato tá afinada, algumas músicas têm uns graves muito, digamos, graves, e você sente o cara cantando com tudo de si. Como músicos, estão na sua melhor forma. Convence qualquer indie de merda de que Legião Urbana é bom (aliás, li uma vez que o Dado curte pra caramba Radiohead).

A melhor, mais pop e mais trabalhada é, sem dúvida, "Antes das Seis". Letra leve e ao mesmo tempo deseperada, e o vocal do Renato transparece o mesmo. Cada nota parece ter sido pensada, tudo se encaixa perfeitamente. Pena que dura só 3:10, daria pra fazer mais um minuto com certeza. Pelo fade out fico com a impressão de que tenha sido cortada pra tocar no rádio.

"Clarisse" é a mais profunda, e eu diria que a melhor se eu não tendesse tanto a coisas pop e alegres. Épica (10:33), lenta e dura de escutar. Ninguém melhor que o Renato pra falar sobre depressão. "Dado viciado" é instrumentalmente mais leve, mas igualmente dura; chega a me dar frio na barriga quando ele fala de seringas, pus, etc.

"Comédia romântica" induz qualquer pessoa a palpitar que alguém do trio descobriu Wilco ou Uncle Tupelo (dava tempo pro Renato ter ouvido o "A.M."). "Marcianos invadem a terra", "Mariane" e "Travessia do Eixão" completam o tom folk do disco, essa última com todo mundo cantando em coro. "Marcianos invadem a terra" caberia perfeitamente no "Dois", e o inesperado acorde na mediante dá um tom que lembra "Teatro dos vampiros" ou "Tempo perdido". Já "Mariane" é em inglês e lembra o trabalho do Renato no "Stonewall Celebration Concert".

"Uma outra estação", "As flores do mal", "La maison dieu" e "A tempestade" dão o tom dark e grave que falei. Dessas prefiro "A tempestade", e "La maison dieu" lembra "A montanha mágica". "Riding Song" lembra os tempos de "Que País é Este", e apresenta o grupo com Renato Rocha no bolo. "Schubert Landler" é uma sonatinha de Schubert. "Sagrado Coração" não era pra ser instrumental, não deu tempo de gravar a voz mesmo. "High noon (do not forsake me)" fico na dúvida se foi isso também ou se é intencional, embora seja uma coisa meio orquestral e tals.

Engraçada é a história de porque eu não conhecia esse disco. Num determinado Natal, pedi à minha mãe de presente, e pra ela não se atrapalhar caso esquecesse o nome, disse que era o último disco do Legião. Só que o Acústico MTV estava recém-lançado, e foi o que o cara da loja empurrou pra ela. Mas acho que foi melhor assim; com 12 anos de idade eu não teria maturidade pra digeri-lo e apreciá-lo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nostalgia

Tou lembrando de cada disco de uns tempos pra cá... Em Feira achei o "Paz e Amor" do Nenhum de Nós na casa de minha irmã; ontem vi que na novela das 7 tem um cover de uma música. Hoje lembrei de Penélope, aquela banda baiana. E ontem fui ouvir o álbum verde do Weezer, e lembrei de uma música que a John and Mary ensaiou uma época, "Smile".

Nostalgia total. Muito bom sentir isso. Agora que consegui fazer o Banco do Brasil funcionar no Linux, acho que vou desinstalar de vez o Windows; música requer espaço no HD.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Nova rotina, novas músicas no MP3, nova dieta, novo blog. Tentando aproveitar a disposição de início de semestre. Talvez em breve novo instrumento (só o software). Outras coisas novas seriam boas, vamo ver o que dá. Alguém me dá uma injeção de otimismo?

Rocky Raccoon

Ainda sobre a coisa dos compositores, acho que pra bons compositores músicos razoáveis a bons são suficientes. Vide Beatles e Legião Urbana. Tenho a impressão de que o virtuoso Nels Cline tirou algo do Wilco, por exemplo. Até Graham Coxon se corrompeu um pouco com sua habilidade em "Happiness in Magazines", fazer o quê.

Esses dias descobri uma música dos Beatles, "Rocky Raccoon", do álbum branco. Impressionante como Paul consegue fazer uma música triste e satírica ao mesmo tempo. E isso transparece não só na letra, mas no instrumental: violão e gaita triste contrastam o piano de saloon de faroeste.

Aliás, gaita dá um tom triste em quase tudo. Por exemplo, "She's a Jar" do Wilco é uma música de bêbado quase psicopata, mas a gaita do final dá uma beleza absurda.

Pra situar, meus vícios recentes foram o disco "The Spinning Top" de Graham Coxon, Wilco por muito tempo e a música "Primeiro Andar" dos Hermanos. Mais coisas como Gabe Dixon Band e Kings Of Convenience por algum tempo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Passatempo e futilidade exponencial

Ontem fui comer um pacote de Passatempo, o melhor biscoito recheado que existe. E me surpreendi ao me deparar com, ao invés de imagens de animais de toda a espécie, imagens de um macaco com cara de malandro nas mais variadas expressões faciais. Dando "legal", com cara de apaixonado, com cara de que fez algo errado (com um "opa!" do lado), et cetera.

Quando era criança eu gostava de ficar olhando os bichinhos, ou então quando dividia o pacote com alguém surgia a brincadeira do "olha, eu peguei um elefante", "eu um tamanduá" e por aí vai. Será que as crianças de hoje brincam de "olha, meu macaco tá apaixonado", "o meu fez caquinha"? Seria a corrupção de mais uma mídia em prol da futilidade das nossas crianças?

Ontem eu também vi o vídeo do PC Siqueira em que ele fala que não aguenta mais ouvir as pessoas reclamando de Restart e Justin Bieber, e que antigamente era a mesma coisa que ouvir as pessoas falando mal de Backstreet Boys ou Hanson. Verdade, aquelas eram as coisas fúteis da nossa época de adolescente (e era engraçado como as meninas adoravam aquilo), mas façamos uma comparação. Backstreet Boys é música comparado com Justin Bieber. Outro dia achei no YouTube Hanson fazendo cover de Radiohead (pasmem!). É, as coisas tão ficando cada vez piores, nossa juventude cada vez mais burra e fútil (tem um outro vídeo do PC Siqueira sobre isso, com uma teoria interessante - 4:36 em diante).

E de uns tempos pra cá todo mundo reclama que não existem mais bandas boas de verdade, o que é verdade. Principalmente no Brasil. Tinha Los Hermanos, mas eles deram um tempo e o último disco foi razoável, apesar de ter músicas muito boas. Pato Fu também parece que tá meio parado. Então chego à conclusão de que o problema é que não temos mais bons compositores, embora tenhamos bons músicos e cantores por aí. E por bons músicos e cantores não digo apenas pessoas que tocam/cantam bem (se você prestar atenção, as músicas de axé são tocadas por músicos formados, têm vocais a 3 ou 4 vozes e arranjos de metais), mas pessoas que também têm bom gosto.

E porque não temos mais bons compositores? Porque o nível de música que se escuta é cada vez mais decadente. Eu, e a maioria das pessoas com gosto parecido, ouvem Beatles e Los Hermanos, por exemplo. Já os caras dos Hermanos escutam Chico Buarque e Noel Rosa, e outro dia li que John Lennon era fissurado em Beethoven. Eu gosto muito de Beethoven, mas ouço pouco; Chico Buarque e Noel Rosa quase não conheço, e provavelmente não escutaria com a frequência que escuto Wilco, por exemplo. O resultado é ficarmos cada vez mais fúteis, mesmo sem querer.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Some folks got a light around them that shine for other peoples. I think maybe some of them was in tunnels, and in that tunnel, maybe the only light they had was inside of them. And then, even long after they escaped that tunnel, they still be shining for everybody else.

Do filme "Preciosa", com erros sintáticos mantidos.

Intro

Ressuscitando. Na verdade era pra ser o "An Autumn Blue Afternoon", mas esse não consegui um bom link e o nome não condiz mais com meu estado de espírito. A ideia, no entanto, é mais parecida com o Autumn mesmo: jogar coisas que chegam a mim.

Nota: aqui eu me permito ser brega, emo e o que mais der na telha. E dessa vez vou colocar as referências, ao invés de só pôr em itálico o que não for meu.

Chá de abu pra todos, pra vos curar da tosse e do chulé.